e lá fora a chuva cai...
Olhos atentos e minha respiração me trai a cada segundo ,
e lá fora a chuva sufoca...
Sutilezas a parte, mas eu prefiro ser um amante invisível,
e lá fora a chuva me descobre...
Talvez eu tenha o maior sonho do mundo ou a idéia mais boba em um segundo,
e lá fora a chuva me ignora
É difícil desviar seu olhar do meu, mas ainda serão o brilho de minhas letras afáveis como a manhã de inverno,
e lá fora a chuva me observa...
Cada pronúncia lenta e atenciosa de seus carinhos já me seguiam em outrora,
e lá fora a chuva me guia...
E então por um instante me dou conta,
que sou como cada gota que cai ao chão e se divide em partes menores
e sabe multiplicar o sentimento mais comum de todos, complexadamente moldado
sou gota que cai indiferente ao seu redor,
mas sempre carregada de um amor que ultrapassa as barreiras construídas pela ignorância
afinal,
quem não sofre de amores, sente o prazer da solidão.
Mário Pires
dedicado a Fernanda Schneider ;]
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